domingo, 1 de novembro de 2015

Celestina


Há muito que Celestina não é um nome da ribalta, mas se o contrapusermos com nomes que se encontram nos nossos tops atuais, não se sai muito mal e, decerto, não desilude. Acho-o bem menos sóbrio que Celeste que, apesar de também ser muito bonito, não é, na minha opinião, tão leve nem tão descontraído quanto Celestina.

Mesmo nos tempos em que era mais utilizado, Celestina não conseguiu ultrapassar a fasquia dos 50 registos anuais e, mais recentemente, tem-lhe sido difícil vingar num universo onomástico tão diferente, onde a –ina mais popular é Carolina em Portugal e Valentina no Brasil. No entanto, estou convicta de que Celestina, pela sua terminação moderna e atual e pela sua ligação aos elementos celestiais possa ser um nome que chame à atenção das nossas famílias, sem que tenha uma carga muito pesada de associação a tempos idos. Lamentavelmente, até ao presente dia tal não tem acontecido, não existindo o registo de nenhuma Celestina em 2013, em Portugal, e de haver apenas o registo de uma pequena Maria Celestina nascida no ano de 2014.

Pessoalmente, acho-o fantástico e não me contenho nos elogios que lhe posso tecer. Acho-o delicado, marcante, melodioso e muito feminino. Considero-o um nome clássico, mas absolutamente refinado, sofisticado e perfeitamente adequado aos nossos dias, onde uma das tendências é recuperar nomes com alguma originalidade. Celestina cumpre todos estes requisitos e mais alguns, nomeadamente, o facto de ser internacional: não haverá dificuldade nenhuma de compreensão do nome fora das fronteiras luso-brasileiras.

A adicionar-se às mais-valias e às magias de Celestina, o seu significado, claro! Evoluiu a partir do latim Caelestinus, que significa aquela que pertence ao céu, aquela que pertence ao firmamento. Dos significados mais bonitos que conheço, e dos mais inspiradores também. Adoro um bom nome, um nome bem sonoro e com significados de criar estrelas no olhar!

Como referências literárias destaco o romance homónimo da poetiza britânica Charlotte Turner Smith, publicado em 1791, onde Celestina é caracterizada como uma mulher independente, assertiva e muito inteligente, questionando os papéis de género da época! Também Fernando de Rojas escreveu um romance intitulado La Celestina, onde a protagonista possuía grandes vincos à magia, o mesmo conceito presente em Celestina Warbeck, uma personagem da saga Harry Potter.

Joana Recharte.


Que acham de Celestina?

4 comentários:

  1. Joana, no Brasil a conotação de Celestina é de um nome muito pesado, antiquado e pouco refinado. Já Celeste, tem um ar bem mais leve, jovial e elegante.

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    1. Compreendo! Aqui em Portugal creio que a tendência será a mesma eu é que pessoalmente acho Celestina mais leve pela sua terminação :)

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  2. Não gosto nada! Prefiro Celeste ou Cesarina.

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  3. Me chamo Celestina, e não gosto nada,nome feio,pesado,que me causa muitos constrangimentos.

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